segunda-feira, 6 de abril de 2009

Dos 16 aos 16 - Cap 5 - Fim de semana prolongado

Leia antes a sinopse e os capítulos anteiores.


A vida é feita de oportunidades. Certo? Certo, mas oportunidades não chegam a você de graça. E para aproveitá-las nem sempre será de graça também. Apareceu uma ótima oportunidade para Rogério fazer sua primeira viagem sem seus pais, junto com seus amigos.

Rogério, depois do acontecido no show do Ramones, se sentia muito mais a vontade, pois ali estavam apenas seus melhores amigos, Alex e Jéferson.

No longo caminho para a mais próxima cidade praiana, trânsito insuportável, parecia que São Paulo inteira estava indo para a praia. Foram os três dormindo dentro do ônibus, afinal, tinham acordado cedíssimo, e queriam guardar suas energias para zoar o máximo possível na praia.
Chegaram a Praia Grande, lugar onde o tio de Jéferson tinha um apartamento. Próximo ao Boqueirão, e era por ali que eles ficariam, ou melhor, dormiriam.

A primeira coisa a fazer era encontrar os amigos conquistados na região. A partir daí poderiam começar a se divertir de verdade. Juntavam-se todos e iam até a praia para praticar surfe. Quando tinham carona iam até Guarujá onde as ondas são melhores. E logo no primeiro dia encontraram Alemão, um caiçara que tinha carro, e que por conseqüência os levariam para o Guarujá. Alex era o único dos três paulistanos que não surfava.

Nove horas da manhã, já estão com a prancha debaixo do braço em frente ao mar, procuravam, o
caminho mais fácil para furar as ondas. Logo se decidiram e nadaram mar adentro, enquanto Alex assistia sentado na areia. Ficar assistindo a seus amigos caindo no mar era tedioso demais. Alex resolveu então queimar um, ou seja, fumar a erva, fogo na bomba, ficar doidão, se drogar, enrolar maconha na ceda e fumar.

Quando saíram da água, Rogério, Jéferson e Alemão, encontraram Alex deitado no chão de óculos escuros:

-Aí Alex, como ta aqui na areia?
-Mó curtição, cadê minha mãe? Ela não pode me ver assim! Hahaha. Alguém tem colírio aí?
-Você tá doido Alex?
-Muito doido... Bem que o Babaloo falou. Essa é da boa – fala Alex com aquele sorrisinho bobo, nisso ele tira os óculos – Nossa é você Rogério, quem é esse cara aí? – pergunta Alex apontando para Alemão.
-Esse é o Alemão, porra!
-Nossa, prazer cara. Você é virgem?

Alemão começa a se enervar:

-Fala pra esse moleque calar a boca se não eu vou quebrar ele!
-Você não ta vendo que ele fumou um! – Exclama Jéferson.
-Vamos levar ele para casa vai.
-Eu não quero ir para casa – reclama Alex sempre sorrindo.
-Vem, vamos pro carro.

Alex até então estava estragando, pelo menos o início da viagem. Quando chegaram a casa do tio de Jéferson, colocaram Alex para dormir. Quando acordou, foram até ele:

-Ai Alex, a gente sabe que tem mais da onde veio aquela.
-Eu não tenho nada!
-Onde está Alex? Fale agora!
-Eu to falando que não tem mais nada!
-Escuta aqui, se você não der pra gente, e a gente vir você que nem você estava agora, você além de levar uma sova, vai fazer a gente voltar para Sampa.
-Eu juro que não tenho mais nada. Sem zoeira véio.
-Está bem! Mas se você aparecer de novo zoado, você está ferrado na nossa mão!
-Pode relaxar, eu não tenho mais aqui! E não vou usar mais também!
-Beleza então!

Já eram mais de dez horas da noite. Resolveram tomar banho para ir até o Boqueirão. Mas antes de sair, era tempo para beber um pouquinho, só para ficar mais fácil de chegar nas menininhas.

Quando chegaram lá começou o ataque! Rogério foi o primeiro a chegar em uma menina. Linda por sinal, pouco depois Alex e Jéferson o viram de mãos dadas com a menina, e com um copinho de batida na outra mão. De repente Rogério solta um baita vomitão de Mequedonaudes com pinga bem no pé da menina, que nem pensa duas vezes e vai embora sem ouvir mais nenhuma palavra de Rogério. Apesar de ter vomitado, ele já estava recuperado e não iria dar trabalho para seus amigos.

Voltou para o local combinado com outros dois amigos. Eles não estavam lá, haviam ido “xavecar” duas menininhas que tinham passado olhando para eles. Uma, realmente era muito bonita, e deu um fora em Jéferson só porque ele deu um tapinha na nádega direita dela, ela tinha que entender que ele estava meio bêbado. A outra era um caos, Alex havia ido só para acompanhar Jéferson, mas a menina, ficou pulando no pescoço dele. Ele acabou beijando ela no intuito de perder a virgindade, afinal, uma menina tão feinha não seria tão difícil de levar para cama, ainda por cima ela estava bêbada, só podia dar no que deu.

Minutos depois eles já estavam no apartamento onde a menina estava com suas amigas. Entraram no quarto, e se trancaram. Sexo selvagem, sem camisinha, envolvido em lençóis de seda sujos e furados, com cheiro de mofo, sobre uma cama que parecia plumas de algodão mijados. Ao som romântico de Terra Samba que tocava de fundo no trio-elétrico, e iluminados pela luz dos números de um rádio-relógio. Foi a melhor noite de Alex, em toda sua vida, também pudera, foi a única que conseguiu levar uma menininha pra cama. Por ser a primeira, não foi tão mal, mas sempre é menos que se espera...

No dia seguinte ele acordou do lado daquela menina, só olhou pra ela coberta e riu-se, viu que ela estava dormindo abraçada com um ursinho, sem contar a remela e a babinha seca no canto da boca. Levantou-se, vestiu-se e se retirou sem fazer nenhum ruído, para não chamar a atenção daquela coisa pura que estava deitada na cama.

Quando chegou em casa encontrou os dois amigos já se preparando para “fazer um surfe”, ambos logo perguntaram assustados:

-Onde você tava moleque?
-Nem te conto...
-Não vai dizer que...?!
-Aham!
-Hahaha, valeu moleque! – falam Jéferson e Rogério em coro.

Os dois abraçaram dando os parabéns pela noite que logo depois foi relatada com detalhes por Alex. Houve um pequeno espanto quando ele disse que havia transado sem camisinha, mas naquele momento tudo era festa. Enquanto os dois partiram para o mar, Alex achou melhor dormir, relaxar e sonhar um pouquinho.

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