segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Crônicas - Ócio Nosso, produtivo?

Como trazer o produtivo ao ócio quando o que mais se quer é estar ocioso e isso é o que de fato é produtivo pra você? Que situação deprimente é essa de estar feliz pelo ócio, e nem adianta colocar a culpa em pessoas ou sei lá em que, Deus, ou qualquer coisa do tipo. O desejo pelo nada é nosso e somente causado por nosso viés de preguiça, morosidade e imparcialidade que é cultivado desde que somos pequenos.

Somos ensinados a vida inteira a produzir. Quando ainda garotos: produzir notas 10, quando adolescentes: responsabilidades e intelectualidades e depois da adolescência é só bobeira: planilhas de Excel, apresentações de Power Point, etc. ninguém produz mais nada decente, lógico, quando a gente podia fazer algo legal tivemos que fazer besteira, aí então a vida cobra e a gente continua fazendo besteira (tem até algumas pessoas que acabam produzindo algo, mas banalidades também, a maior parte do tempo quer o ócio também).

Que coisa de retardado, pense um pouco: você gosta de ócio, lazer, fazer o que quer, na hora que quer? Então por que fica o dia/semana/mês/ano/vida inteiro fazendo, fazendo, fazendo, fazendo, fazendo... pra no fim de semana ter ócio, lazer? Claro que tudo que é em excesso acaba sendo ruim, mas não é por isso que vamos dominar nossa vida e instintos com afazeres desprazerosos, redundantes, de "mais valia" e os quais até o Ministério da Saúde adverte fazer mal a saúde.

Das duas uma, ou somos consumidos pela fábrica de bobagens que virou o mundo nos cegando a todo e qualquer propósito digno de respeito ou perdemos a dignidade e o respeito e abnegamos o mundo a nossa volta desistindo de produzir, mudar, lutar e vivemos esperando o fim de semana, salários, as noites de prazer, os almoços de família ou a pelada com os amigos na sexta à noite.

O homem não nasceu para morrer, se decompor, mas também não nasceu para simplesmente produzir. Quem cria, se dá a chance de ser melhor um dia, e de que os demais sejam também. Abaixar a cabeça e trabalhar, trabalhar é como correr em um campo de futebol americano com a bola debaixo do braço. Faz parte do ser humano correr atrás dos seus próprios objetivos, mas se olharmos para trás, veremos quantas vezes fomos interceptados por um montinho de trogloditas mortos de fome que só pensavam em produzir e impedir. Produzir é nosso ócio, "ócio produtivo", ou destrutivo, quem sabe...

Moral da história: demagogia...

Artigo escrito em 05/4/2005.

sábado, 27 de agosto de 2011

Crônicas - Nada que tenho

Sabe aqueles tempos que a gente morre? é, um período que se você não tivesse vivido não faria a menor diferença na sua vida, e você até diz “o ano de 20... se não tivesse existido não faria a menor diferença”. Daí então acontece alguma coisa mágica (mágica nada, acontece uma coisa qualquer, só que como foi com você, parece aqueeeela coisa...), que muda sua vida definitivamente pra melhor (olha a gente se enganando de novo).

Ai a gente fica todo bobo, apaixonado. Vou abrir um parênteses, cá entre nós, quem aqui nunca se apaixonou por um emprego, por um grupo, por uma situação, por um amigo, de forma a ficar viciado naquilo... a gente se apaixona por tudo e por todos, quando a gente enjoa, esquece ou vira coisa normal quer dizer que foi paixão, quando a gente gosta pra sempre, ai então a gente ama, seja lá o que ou quem for. Fechado o parêntese, voltando ao assunto... aliás, onde eu estava mesmo? Ah, sim, a gente fica todo bobo e apaixonado, achando que aquele momento é a hora de ser feliz, que aquela é a pessoa pra se estar, que aquele é o lugar pra se estar... bobagem, as coisas mudam muito rápido, o pior é quando a gente quebra a cara tão feio que meio que desiste das pessoas, mas mesmo assim, a gente é burro, fica apaixonado de novo, e de novo, e de novo, e de novo, e de novo, e de novo, e de novo, e de novo, e de novo, e de novo, e de novo, e de novo, e de novo, e de novo, e de novo, e de novo, e de novo, e de novo...

Tem uma só forma de ser feliz nesse caminho, longe de mim querer dar conselhos, mas a única forma é desencanando dos problemas e ser especial para cada um com quem a gente olha no olho durante nossa vida. O problema dessa historia é que esse é um dom inato, que não depende de nós... E o pior de tudo, vem uns imbecis questionadores que nem eu, que acaba colocando caraminholas na cabeça dessas boas pessoas, que a partir daí começam a refletir “será que eu faço isso?”, é tão espontâneo que nem percebem, mas depois desse texto, podem começar a refletir e perder a espontaneidade (quem nem nosso amigo Mané, O Planejador). Pode parecer prepotência, parece que eu to me achando o dono da verdade, mas pense na sua historia de vida, não era sempre os menos culpados, os mais bonzinhos, que se sentiam mais pra baixo quando algo ruim era revelado?! é ou não é?

Eu vou continuar vivendo minha vidinha medíocre, refletindo sobre as ignorâncias alheias e esquecendo das minhas. Criticando a você, já que por mim mesmo nunca mais serei alguém... bons tempos aqueles em que eu era criança e era espontâneo. Tem uma cara no meu trabalho que ele é assim, inteligente, mas uma criança: espontâneo, feliz, simpático com todos, só tem lagrimas verdadeiras... é lindo quando se encontra alguém assim... Ah, conheci uma menina assim também, na noite de São Paulo, muita sorte né? Todo mundo tava pensando em procurar um padre, mas se bobear é mais difícil achar alguém assim na capela do que num escritório, numa balada ou no metrô de Sampa... procure ao redor, essas pessoas são como boa música, como uma boa comida, um bom cheiro... completam em sinestesia por si só!

Crônica datada de 26/3/2005, baseada em música autoral chamada "Nada que tenho".

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Novo Fox - 8 meses de uso, 3 idas a concessionária e problemas na Controlar

Comprei meu Fox 0km em dezembro de 2010, e venho tendo pequenos, mas chatos problemas que já me contabilizam alguns dias sem o carro, uma ou duas centenas de reais a menos no bolso (por gasolina, taxi etc) e acumulo de estresse, o pior dos problemas neste caso.

1 - Logo no primeiro mês, queimou o ar-condicionado. O que eu fiquei sabendo aconteceu com vários Fox comprados no mesmo periodo. Resultado, 2 ou 3 dias na concessionária para arrumar.

2 - Banco do passageiro estava fazendo barulho em certas posições (dentes do trilho). Estava com certo jogo e cada freada o banco fazia "tec". Resultado, mais um dia na concessionária

3 - Banco do motorista fazendo barulho de mola velha, "nhec, nhec" a cada sentada, acelerada, freada, etc. Resultado, ainda preciso levar na concessionária, vai pelo menos mais 1 dia (prazo minimo deles, sempre deixa de manha, com muita sorte retira no fim do dia).

4 - Fui fazer a inspeção veicular, 3 semanas depois da revisão, e fui reprovado. Todos indices de poluição e ruido estavam ok, entretanto A MANGUEIRA DE AR ESTAVA SOLTA. Resultado, tenho que refazer a inspeção.

5 - Liguei no SAC para abrir um reclamação. Basicamente o que ouvi foi: "tudo bem, registrei sua reclamação". E não deu nem a possibilidade de me retornarem. Eu nem pedi nada e já falaram que não iam me dar nada, me ressarcir nada... Quem foi que pediu algo? Só queria respeito, pois investir em um carro zero, espera-se "naõ ter dor de cabeça", e nao é o que tem acontecido.

PAguei R$37.500,00 no meu Fox.... ERA um cliente fiel da Volks, depois destas apurrinhações, tendo a não comprar volks, a não ser que realmente mudem a percepção e o nível de serviço/ qualidade antes da minha proxima compra (o que não vai demorar...).

Se ir a concessionária, gastar com taxi, gastar com telefone para saber status da devolução do carro, ficar sem o carro alguns dias, etc. são coisas que te irritam, pense bem antes de um Volkswagen 0km!

O mesmo texto (quase igual), no Reclame Aqui! Vale colocar aqui o link para a Tag "Volkswagen", provando que tenho simpatia com a marca... mas estão acabando com a minha paciência no meu primeiro zero km... meu próximo carro vai ser um japonês e tenho dito!

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