quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Personagens do dia-a-dia

Quem acha que quem está escrevendo este blog é o cara da fotinho ai do lado, está muito enganado. Na verdade, eu Roberto, e meu amigo turrão Jeferson.

Exatamente, e ninguém aqui quer tomar os méritos de ninguem. Nós somos o que somos, e não queremos bancar personagens para no final das contas ser reconhecido pelos feitos de outrem.

Roberto, você vive me criticando, dizendo que sou ranzinza, turrão, e num sei mais o que, mas cuidado para o leitor não ficar com uma impressão errada de que estamos acusando ele de alguma coisa... de se fazer de algo.


Que isso... tenho certeza que nossos leitores tem dissernimento suficiente para entender que na verdade estamos falando de personagens no ambiente de trabalho. Até porque, eu nunca conheci alguém 100% autêntico no trabalho, e dúvido que alguém conheça. Peço, ao leitores, que não se sintam acusados, é algo natural, uma defesa.

Como em tudo na vida, no trabalho, precisamos saber a hora de parar, e medir as palavras para que as consequências venham proporcionais aos seus anseios, pois, se proporcionais a sua ansiedade pode ser catastrófico!


O estagiário, quando chega na empresa, começa a trabalhar, bem que se esforça para fazer o tipo sério, comprometido e capaz de cumprir todas as tarefas, mas ainda é autêntico demais para isso. É o ser humano in natura, despreparado para o mundo corporativo.


O gerente já é o contrário, e o ser humano lapidado até o último sentimento. Postura invejável de um executivo, representante comercial da companhia.

É fato que o ser humano veste personagens para cada situação da sua vida, porém o mais mascarado é o trabalhador... Quem nunca passou pela situação, de por um acaso, sair com alguém do trabalho para um Happy Hour e soltar a seguinte frase: "Nossa, nunca imaginaria isso de você... tão assim, assim assado no trabalho.... fazendo frituras, cozinhando, dando banho maria..."

Pois veja Roberto, talvez por isso que para mim seja tão difícil fazer amizades no trabalho... para mim existiram quatro tipos de pessoas no trabalho:

  1. O filho da mãe: Aquele cara que você num vai com a cara... que tem cara de que atropela tudo e todos para ter o que quer. Seu relacionamento com este ser, se limita à educação "bom dia", "bom descanso" e "até amanhã"
  2. Colega: Aquele que às vezes vai almoçar com você, conversa sobre futebol, sexo e televisão... As vezes rola uma pelada com ele....
  3. Sexo Casual: vocês sabem do que eu estou falando...
  4. Amor: Vi muitos casais surgirem no trabalho....

O leitor identifica algum tipo de relacionamento que o Jeferson dificilmente identificou no trabalho?

Realmente, dos amigos que fiz no trabalho, poucos ainda mantenho contato, mesmo assim esporádico... parabéns a vocês que conseguiram amigos de verdade no trabalho... invejo vocês, parabéns!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Serviço ruim ou cliente chato?

Ontem eu recebi um e-mail da minha gerente... Notícia da Cosumidor Moderno, com o título "Abaixo das expectativas", a respeito de um estudo realizado pela Accenture, empresa onde trabalho.

Pra quem não tiver com paciência de ler, vou resumir: basicamente ele mostra alguns indicares de expectativas e satisfação do cliente, comparando Brasil com a Europa e Estados Unidos... e claro, até nisso nós somos piores: somos clientes mais insatisfeitos.

Quando li a reportagem a pergunta que ocorreu foi: "por que somos insatisfeitos com nossos serviços?"

Me ocorreram 3 possibilidades:

  1. Os serviços no Brasil são ruins mesmo
  2. Nós somos mais chatos mesmo
  3. As referências estão erradas

Bom, como sempre, não estamos aqui para oferecer respostas, e sim questionamentos. Por isso a única coisa a dizer é que não se pode comparar a doçura da laranja com quão salgado é um bacalhau.

Os serviços oferecidos no Brasil são diferentes dos oferecidos nos EUA e na Europa, pois cada um destes lugares tem culturas diferentese... talvez o serviço no Brasil seja o melhor do mundo na prestação de serviços, porém, se os clientes brasileiros forem ainda mais exigentes mundo continuaremos com a percepção de que fazemos tudo errado.

Em vez de nos compararmos com quão satisfeitos estão os Norte americanos ou os Europeus, seria necessário uma revisão das necessidades dos consumidores brasileiros. Claro que boas idéias podem surgir de fora, mas normalmente as respostas estão em nós mesmos, como é dito quase como um clichê em todos os livros de auto-ajuda...

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Brasil, Gurgel BR-800 e Tata Nano

Eu ainda estou tentando encontrar qual a diferença destes dois carros, expoentes do compactação do meio de transporte, arqui rivais de 20 anos de diferença (como no ultimo filme do Rock).


Cilindradas: 792m³ / 2 cilidros (obrigado pela correção Warguest)
HP: 36cv
RPM: 5500
Cambio: 4 marchas
Tração trasseira
Peso: 645kg
Garantia: 30.000km
Velociadade Máxima: 120km/h
0-100km/h: 35segundos
Consumo médio: 13,6 km/l


Cilindradas: 792m³ / 2 cilindros
HP: 33cv
RPM: Não encontrada
Cambio: 4 marchas
Tração dianteira
Peso: Não encontrada
Velociadade Máxima: 70km/h
Consumo médio: 20 km/l

Será vendido a aprox. 5 mil reais.

Eu não seria capaz de comparar o Nano com o BR-800, pois em 1987 eu mal sabia o que era um carro, e agora em 2008 nem ao menos vislumbro a possbilidade de dirigir um Nano.

Em 1990, no Brasil, foi concedido um benefício fiscal (para facilitar o acesso da população ao carro 0km) para aqueles que produzissem carros com menos de 1000cc, que passariam a se chamar de Populares. Logo quando o benefício foi criado, apenas duas fábricas contavam com carros, de 1000cc: Gurgel com o Br-800 e supermini, e a FIAT, com o Uno Mille.

Naquele momento, estes dois carros tinham tudo para explodir, e assim aconteceu com o Uno, mas a Gurgel, implodiu e faliu. Vários fatores contribuíram pra isso: abertura econômica do país realizada pelo até então presidente Fernando Collor (e consequente entrada de concorrência mais qualificada); a recusa de empréstimos para a Gurgel por parte de diversos membros do governo (considerado por alguns, como um boicote); e nossa tendência a acreditar que o que é "gringo" é melhor, mesmo se for da Índia.

Naquele momento da história do automóvel era inimaginável um carro que fizesse 20km/l de gasolina, e nete quesito o Uno Mille ainda estava bem longe. Se a Gurgel tivesse sucedido, qual seria o cenário hoje? Talvez, tivéssemos carros mais baratos e econômicos no Brasil, e com uma outra configuração (carros ainda mais compactos que os populares). Porém, as montadoras não tem interesse em fazer carros super compactos e baratear ainda mais seus produtos, seria necessária uma grande transformação de infra-estrutura e de estratégia corporativa (pois as grandes vendas no Brasil vem dos carros populares).

O que o Nano tem a ver com isso? Bom, ele utiliza o mesmo conceito, e pelos primeiros boatos, ele é até piorado em questões de desempenho (velocidade, hp, cilindradas, etc.). A princípio ele não será vendido para todo o mundo, ficará restrito apenas à India, onde nasceu. O conceito foi relançado, agora do outro lado do mundo, e talvez a mode a pegue (você acredita nisso?).

Para Índia e China, este tipo de carro pode ser realmente interessantíssimo, para aquecer ainda mais suas economias (é o primeiro passo para o pobre largar sua bicicleta, muito comum na China, e ir atrás do seu carro).

Estes países contam com uma forma mais organizada de crescimento que o Brasil. Nós certamente instaurariamos o caos no país imaginem:

  1. As quatro principais montadoras se adaptando para o novo modelo
  2. Milhões e milhões de pessoas indo atrás de crédito
  3. Pessoas usando seus crédito para conseguir seu primeiro carro

O resultado certamente seriam: aumento abusivos de juros, trânsitos ainda mais caóticos nas principais capitais e um colapso nas companhias automotivas para se adequarem às novas demandas (infra-estrutura e recursos humanos).

Tudo isso, pode parecer um grande exagero, mas talvez o Brasil tenha perdido o ponto para o crescimento, e tudo que se faz agora é evitar mudanças e o caos.


fontes:
http://www.gurgel800.com.br/publicacoes/quatrorodas/c12/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gurgel_Supermini
http://noticias.vrum.com.br/.../template_interna_noticias.shtml
http://blog.motor21.com/motor-consumo/llega-el-coche-mas-barato-del-mundo-tata-nano-37697

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Seja um bom garçon!

Como a gente deve começar um ano? Pulando 7 ondinhas? Todo de branco para ter paz? De vermelho pra ter amor? Ou de verde pra ter dinheiro?

Bem que eu poderia, mas não seria excessivo dizer que se você passou de verde, provavelmente o resto você consegue resolver.

Como bom paulistano, fiz questão de começar o ano comendo muito bem... e eis que vivi neste fim de semana dois exemplos felizes de bom atendimento em situações bem diferentes.

A primeira delas, na sexta-feira, foi a Pizzaria Quintal do Bráz (http://quintaldobraz.com.br/index2.html): Pizzas à aproximadamente 40 reais, sucos a 5 e sobremesa a 10. Um excelente lugar para se levar a família, namorada, etc. Porém, por este preço, eu não posso esperar nada menos que um atendimento fenomenal, no qual eu me sentiria praticamente um rei... e nessa rede de pizzaria, é assim que acontece. Comida de primeira, atendimento rápido, garçons que se apresentam pelo nome e te atendem como se você fosse um lord inglês.

Já no domingo, me dirigia à rodoviária, e resolvi passar por uma lanchonete, no bairro do Paraíso, a King's Fast Food... padoca, boteco... dependende de quem fala, e do que se procura. Quando se vai a um lugar desses, se espera apenas uma comida razoavel, compreço baixo, e que o atendente não xingue nem sua mãe, nem seu pai.

Não sei se o lanche que me serviram era realmente de Fillet Mignon como eu havia pedido, mas em menos de 5 minutos, estava na minha frente, customizado (acebolado), e realmente uma delícia. Para acompanhar, eu e minha companheira pedimos um suco de maracujá e uma vistamina de leite com frutas, mais uma vez servidos em tempo recorde, e com um produto muito bem feito.

Além, de termos sido servidos com refeições de boa qualidade, o atendimento, apesar de muito diferente do recebido no Quintal do Bráz, também foi excelente. E desta vez, não porque o garçon trabalha para um grande marca, mas sim, porque ele faz aquilo com o coração, e não é preciso trabalhar para uma grande marca pra se trabalhar desta forma.

Não estou julgando, dizendo que um garçon é melhor do o outro, ou que todos deveriam ser assim. Mas o fato, é que cada vez que sento em uma mesa de restaurante é assim que espero ser tratado, como um lord inglês, ou como um sobrinho, um amigo...

Quando você senta na sua mesa para trabalhar o seu chefe, a sua empresa, o seu cliente, espera a mesma coisa de você, que você os trate como um lord inglês, ou um amigo que se preza muito!

Se o seu chefe te pedir, você está preparado para entregar um bom X-Fillet Mingon Acebolado, ou só o fará bem se em nome de uma grande marca?

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