segunda-feira, 1 de junho de 2009

Dos 16 aos 16 - Cap 13 - Fim das forças

Leia antes a sinopse e os capítulos anteiores.



Esse fim de semana estava sendo muito estressante para Rogério. Além de todos os problemas acumulados com sua mãe, Eduardo, Alex, o colégio, sua pretendente e a tentativa frustrada de falar com Marcela sobre o estado de Alex! Alex havia batido em Marcela, eles tinham terminado o namoro.

Rogério decidiu então encher a cara em um barzinho perto da sua casa. Chegando lá pediu a primeira dose de pinga, bebida que ele nunca havia experimentado. Logo pediu a segunda. Bebeu em uma virada só!

Na mesa ao lado havia dois velhos da rua dele jogando dominó, bebendo uma cerveja e comendo um petisco. Um desses velhos vira para Rogério e pergunta:

-Qual o seu nome rapazinho?
-Rogério!
-O meu é Damiel!
-E o meu é Romero! – Diz o outro velho!

Damiel retoma.

-Tá acontecendo alguma coisa meu filho?
-Minha vida é uma merda! Tudo que eu faço dá errado. Meus amigos só me desapontam!
-Fique calmo, pois: “Caminhos tortuosos...”
-“...Levam a fins gloriosos”! – Completa Romero
-Pra mim esse ditadinho de vocês não presta! Eu faço de tudo, sofro e no final, fica tudo por isso mesmo!

Mais uma vez Damiel retoma.

- “Se nem tudo deu certo no final...!”
- “... Quer dizer que ainda não é o fim”! – Completa Romero
-Para de falar vocês dois, vocês não sabem de nada! Vocês não sabem a minha história!
-Quem disse que não sabemos? – Questiona Damiel – “Mantenha sua vontade além do fim...
-...Pois para alguém pode ainda não ter sido!”- Romero completa pela última vez.

Rogério ficava imaginando o que aqueles dois velhos, um viúvo e outro que nem se casara podiam saber. Dois velhos que ficavam o dia todo sentados à mesa do bar jogando seu dominó, comendo seu petisco e jogando muita, mas muita conversa fora.

Aquelas frases não saiam de jeito nenhum de sua cabeça. Na hora ele parou de beber e encaminhou-se para sua casa. Sua cama mais especificamente. Abraçado ao travesseiro pôs-se a chorar, sem fazer força nenhuma para segurar. Momento em que alguém realmente mostra que é homem e que tem sentimentos. Era um sentimento de inferioridade que o corroia, sentimento de inutilidade, que, aos poucos, lembrando de muitos acontecidos delatados por seu pai e principalmente pela lição de vida de cinco minutos daqueles dois velhos, foi substituído por um sentimento de força nunca por ele sentido antes. Logo se sentou na cama e se sentiu disposto e capaz de ajudar todos seus amigos necessitados. Ele iria desta vez, não até o fim, pois ele havia aprendido que o que para ele é o fim, para outros pode não ser. Ele não poderia lutar sozinho, mas se tivesse que fazê-lo, o faria sem reclamar nem pestanejar.

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