sexta-feira, 6 de junho de 2008

Confiança no Trabalho - Parte 1

“Pessoal, precisamos da colaboração de todos neste fim de semana para finalizarmos todas atividades que serão entregues na próxima semana...”

E com essas palavras, ou algumas parecidas, eis que seu fim de semana se foi. É um e-mail recebido na sexta-feira às 17 horas, mas quem liga que o aniversário do seu afilhado é amanhã, sábado, num buffet, e que ele pretende dar o primeiro pedaço de bolo pra você? Quem liga pra isso quando o projeto do seu gerente está prestes a falir e estourar todos os prazos limites estabelecidos pelo chefe dele, pelo cliente, pelo chefe do cliente e pelo chefe do chefe do cliente?

De qualquer forma, são nessas horas que você mostra seu comprometimento com a empresa, e são nestes momentos que você mostra a falta de comprometimento com a sua vida.

Calma aí Roberto, tire o tom socialista deste livro, o que pretendemos aqui, é apresentar conceitos e deixar que os leitores tomem suas próprias linhas de pensamento dentro de cada um dos conceitos apresentados.

Ok, tentarei ser mais imparcial. Todos vivem momentos de dualidade no trabalho, seja por uma proposta tentadora que nos afasta de nosso meio, ou mais frequentemente, mas de menor impacto, atividades extras que mudam nossas vidas pessoais. Muitas vezes essa proposta nem é tão tentadora assim, mas nossa covardia, que deriva da nossa falta de confiança, nos faz acreditar que é uma excelente proposta, ou mesmo, que esta é apenas a única possibilidade que teremos na vida.

Este post apresenta o primeiro de três novos conceitos que serão detalhados em maior profundidade separadamente: Confiança no Trabalho, Confiança no Trabalho e Confiança no Trabalho. Pode parecer confuso no início, e os temas podem parecer até iguais, mas é só impressão... Creio que para este tema, o Jéferson esteja mais bem preparado, então apenas atuarei como suporte neste post, fazendo comentários pontuais.

Grato pela confiança Roberto, seguindo a sua sugestão vou começar apresentar os tópicos na ordem em que você citou, começando então por Confiança no Trabalho. Este conceito é o primeiro porque ele é de fato o mais importante de todos, imagine só o desespero daquele que não confia no seu trabalho e cada vez que vai mandar um e-mail de status para seu chefe perde 30 minutos para revisar o e-mail mudando vírgulas de lugar para acobertar qualquer possível falha que ele imagine ter na atividade ou que ele imagine que o chefe imagine que está acontecendo ou que vá acontecer? São muitas possibilidades para um simples e-mail de status.

Imagine este mesmo cidadão tendo que apresentar um projeto em frente a diretores de uma grande transnacional, potencial cliente. Este cara pode ser um perfeccionista em potencial, por outro lado, o perfeccionismo tem o seu lado da insegurança.

Jéferson, é bom dizermos que nem todos que não confiam no seu trabalho são perfeccionistas, nem todos perfeccionistas são pessoas que não confiam no seu trabalho.

Bem lembrando, esta colocação ajudará a completar o entendimento do conceito. Para este primeiro conceito, poderíamos até substituir Confiança no Trabalho por Segurança no Trabalho. Cada ser humano tem noção da qualidade daquilo que executa, ele aprende, cria parâmetros desde quando começa a ir para a escola, e percebe qual é o sentimento de terminar uma prova sem ter certeza de nada que escreveu. Vez ou outra, ainda muito seguro de ter feito um bom trabalho (ou uma boa prova), nos equivocamos, mas de forma geral aprendemos a criar parâmetros para nos balizar, e dessa forma executar nossas tarefas garantindo um mínimo de qualidade.

Confiança no Trabalho é saber que é capaz de executar bem certo tipo de atividade. Por exemplo, eu nunca pensei em ser dançarino, pois apesar de adorar musica e dança, sei que não tenho talento para isso, assim como Roberto gostaria de ser manicure, mas não é. Tendo consciência de que você é bom em algo será possível trabalhar com segurança e você não precisará se prender a uma empresa ou situação de conforto específica ou ainda pior, se submeter a atrocidades como não estar presente para receber o primeiro pedaço de bolo do seu afilhado. É fato: para um bom profissional sempre haverá vagas no mercado (mesmo que seja no mercado chinês, afinal de contas, estamos caminhando para um mercado sem fronteiras).

Os próximos conceitos serao apresentados nos próximos dias... aguardem!

2 Comentários:

Jú Monteiro disse...

Olá Homero.
Creio que deves estar te perguntando: Te conheço?
Bem, deixa eu te explicar primeiro... tenho planos de fazer intercâmbio para Irlanda no próximo ano... encontrei um blog, - E-dublin - que por sinal é muito bom, pelo qual venho acompanhando a sua jornada e de seu amigo em Dublin.
Além disso, passei a ler seus o seu blog "particular". Tenho acompanhado já faz um tempo em "off" (sou uma expectadora assídua). Só agora resolvi comentar porque, definitivamente, gostei muito desses seus últimos posts... mal posso esperar pelo último dessa "série", digamos assim.
Bem, é isso. Parabéns, não pelo blog, mas pelo que através dele vc consegue transmitir. =*

Homero Carmona disse...

Oi Juba...

normal, o blog eh justamente um canal de comunicacao para falar com pessoas que a gente nao conhece! Fazer nosso 'conhecimento / experiencia' ultrapassar a barreira dos nossos contatos reais.

Obrigado pelo elogio. Isso com certeza me anima a continuar escrevendo. Esse texto na verdade eh do meio do ano passado.

No vemos nos proximos posts!
Abracos...

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