Dos 16 aos 16 - Cap 11 – Faltando alguém
Leia antes a sinopse e os capítulos anteiores.
Segunda-feira Alex não foi à aula, até aí normal. Mas Rogério começou a se preocupar com a ausência do colega na quarta-feira, terceiro dia seguido que ele faltava. Sinal de que alguma coisa havia acontecido. Mais tarde ele saberá, através de sua mãe, que Alex havia apanhado de uns “boyzinhos”, os quais ele havia dedurado de calote na compra de drogas com ele.
Mais tarde ainda, através de Eduardo ficou sabendo da briga de Alex com Marcela, pensou em fazer várias coisas, mas no final das contas preferiu não se intrometer.
Ao sair da escola, momento típico para turmas que querem bater em alguém, ele observou que ao longe na esquina tinha uma galera de cerca de trinta pessoas, preferiu então fazer um caminho diferente. Ao dobrar outra esquina viu que sua “fuga” havia sido em vão, mais de 10 moleques encontravam-se olhando fixamente para quem virava a esquina, nesse
momento ele não podia mais dar a volta, pois seria assim interpretado como uma caça. Sem opção então seguiu em frente sem olhar para as “pessoinhas” que estavam ali. Passou sem problemas.
momento ele não podia mais dar a volta, pois seria assim interpretado como uma caça. Sem opção então seguiu em frente sem olhar para as “pessoinhas” que estavam ali. Passou sem problemas.
Rogério de imediato não ligou os fatos, entretanto o que se passou foi puro medo, que cegou o para o fato.
Ao chegar a sua rua viu Babaloo chamando a rua inteira, organizando um “mutirão para a salvação”. Eduardo estava na escola e precisava de proteção para voltar para casa.
Rogério não pensou no fato e foi descendo em direção a sua casa e passou do lado de Babaloo, que o segurou pelo braço e disse:
-Aonde você vai?
-Para minha casa, almoçar!
-Vai fugir?
-Fugir do que? – disfarça Rogério.
-Vai dizer que você não viu? Tá cheio de carinha perto do seu colégio pra pegar o Eduardo.
-Sério cara?
-E você vai para casa ao invés de ajudar o seu camarada?
-Para minha casa, almoçar!
-Vai fugir?
-Fugir do que? – disfarça Rogério.
-Vai dizer que você não viu? Tá cheio de carinha perto do seu colégio pra pegar o Eduardo.
-Sério cara?
-E você vai para casa ao invés de ajudar o seu camarada?
Rogério ficou completamente sem resposta, e disse mudando a feição do rosto.
-Não, não. Eu nunca iria deixar um amigo na mão.
Todo o pessoal e mais alguns se amontoavam na rua, ao fazerem uma última verificação para verem se todos estavam ali. Babaloo olhou por cima da galera e foi até Rogério, fazendo apenas um sinal para ele, o chamando. Eles formariam o pelotão de frente, Babaloo estava assim, querendo que Rogério se tornasse homem, provando para todo mundo que ele não tinha medo de briga. Rogério não tinha que provar nada para ninguém, mas para Babaloo quem não brigasse por um amigo, não era boa companhia.
Seguiram então em direção ao colégio Vendramon, e claro encontraram o pessoal da favela que estava atrás de Eduardo.
Babaloo passa o braço por trás dos ombros de Rogério e seguem os dois para conversarem com Doitinho, chefe da “gang”, bastaram três palavras : “cade o viado?”.
O primeiro a dar um murro foi Babaloo, que derrubou Doitino no mesmo instante. Começa a correria e Rogério aproveita para pular dentro da casa de um não muito amigo da sua sala que morava naquela rua.
O medo assombrava Rogério, sabia ele que quando Babaloo visse que ele havia fugido, as coisas não ficariam boas. Rogério já esteve em meio de tantas outras brigas, apenas as assistiu, absorto sempre, mas nunca deixava ninguém que participasse de uma briga ficar absolto.
Eduardo mais tarde voltou para casa sem problemas, e ligou para o celular de Alex para relatar os acontecimentos. Alex não deu muita bola, afinal ele não teve problemas com a briga, agora Eduardo que não tinha nada a ver com rolo teve que ficar se escondendo só porque estava junto com Alex em uma de suas transações.
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